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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Supernatural – 06×12 – Like a Virgin


Da última vez que vimos os Winchester, a Morte estava colocando a alma fragmentada do Sam de volta ao corpo a que pertence e levantando uma barreira para impedir que as lembranças da jaula do inferno viessem à tona e enlouquecessem o rapaz. Depois de um resumo dos acontecimentos dos episódios anteriores iniciado com a característica “the road so far” de final de temporada (mas tocando Back In the Saddle, do Aerosmith, em vez da clássica Carry On My Wayward Son, do Kansas) – e mesmo não sendo um final de temporada –, Cas diz que sentiu como se a alma de Sam tivesse sido esfolada viva, e não acredita que ele vá acordar. Tensão e desespero, se poucos minutos depois Sam não aparecesse em pé atrás de Dean como se nada tivesse acontecido.

Sam acordou e suas últimas memórias são de Lúcifer quebrando o pescoço de Bobby e Cas explodindo. Não se lembra de nada aquele ano passado sem alma, nada além de alguns déjà vus sobre caçarem alguns skinwalkers. “Like a virgin” (“como um virgem”), nome do episódio. Claro que Cas, na sua angélica inocência, entrega todos os acontecimentos dos últimos meses mesmo com todos os esforços de Dean em proteger Sam de todas as memórias.

O nome do episódio não faz só menção ao fato de Sam estar “resetado”, mas também aos novos monstros introduzidos na história que caçam garotas virgens (e se revoltam com aquelas que usam anéis de castidade em vão). As novas criaturas são – rufem os tambores – dragões. Diferentes dos de Hogwarts (não gosto muito dessas referências quando feitas pelo Bobby [não gosto muito do Bobby, pra falar a verdade] mas essa merece respeito), não são lagartos gigantes. Tem a forma humana (ou possuem a manha de parecerem humanos quando bem entenderem), asas retráteis e conduzem calor pelas mãos em vez de soltarem fogo pela boca. Achei uma ótima releitura dessas criaturas tão presentes em filmes infantis, de terror ou da idade média. Dragões servem pra tudo. Agora são seres do mal que trouxeram das profundezas do Purgatório uma entidade chamada apenas de “Mãe”. A Mãe de Tudo.

Quem já assistiu Buffy, a série sobrenatural da Warner sobre uma caçadora de vampiros e demônios que precedeu Smallville, Supernatural e The Vampire Diaries, se lembra do último vilão que a heroína precisou enfrentar durante toda a última temporada. Quem surgiu da Boca do Inferno (Sunnydale, a cidade onde a série se passava, estava situada em cima da Boca do Inferno, literalmente, de onde todos os monstros saiam) para atormentar Buffy daquela vez foi simplesmente O Primeiro Mal, aquele que criou tudo de ruim no mundo. Achei referência.

Voltando um pouco para as referências do Bobby, o cara tava muito cult nesse episódio. Disse para Dean perguntar ao Cloverfield onde estava a última página do diário feito com pele humana encontrado no esgoto dos dragões (Cloverfield é o monstro de aparência dracônica [palavra culta] do filme de mesmo nome produzido pelo criador de Lost J. J. Abrams) e ao perguntar a Dean como estava Sam, chamou o irmão amnésico de Memento, fazendo referência ao filme Amnésia (Memento, no original) de Christopher Nolan, onde o personagem principal sofre de perda de memória recente e para vingar um assassinato começa a anotar todas as informações de suas investigações muitas vezes na própria pele por meio de tatuagens (se bem que as semelhanças param na parte do “perda de memória recente”. Mas o filme é ótimo, ASSISTÃO).

E sempre temos Dean para tirar o climão do episódio. A cena da espada na rocha foi bobinha, mas engraçada. A trilha sonora “falhando” quando Dean cai e voltando quando se levanta é um recurso muito usado em filmes de comédia pastelão, mas que pode ser usado sem perder a dignidade.

Foi um bom capítulo, uma boa volta e um grande final. Tudo o que a série precisava para um retorno brutal. Só falta saberem aproveitar o que tem em mãos.

Veja abaixo a promo do próximo episódio Unforgiven, onde, pelo jeito, Sam terá que arcar com as conseqüências de quando vagou por aí sem alma fazendo o que desse na telha.

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